Especialista alerta: tabagismo segue como principal causa de câncer de pulmão no Brasil e no mundo 5m135t

No Dia Mundial sem Tabaco, oncologista destaca os impactos do cigarro convencional e eletrônico na saúde pública e reforça a urgência da prevenção e abandono do hábito de fumar 4wk4d
No dia 31 de maio, é celebrado o Dia Mundial sem Tabaco, uma data que reforça a importância da conscientização sobre os riscos do consumo de tabaco em todas as suas formas. Apesar dos avanços nas políticas públicas e campanhas de prevenção, o tabagismo continua sendo uma das principais causas de morte evitável no mundo, especialmente devido à sua forte associação com o câncer de pulmão e de diversos outros tipos de câncer.
O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no mundo, sendo responsável por cerca 1,8 milhão de óbitos por ano, de acordo com o Global Cancer Observatory. No Brasil, o cenário também é alarmante: o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima aproximadamente 30 mil novos casos da doença a cada ano.
De acordo com o médico oncologista Tiago Cerzósimo de Oliveira, que atua no Hospital São Mateus, em Cuiabá, o câncer de pulmão está diretamente relacionado ao hábito de fumar.
“Nesta data, é fundamental reforçar que o tabagismo é a principal causa do câncer de pulmão. Podemos afirmar, tecnicamente, que o tabagismo é atualmente o principal responsável pela maioria dos casos de câncer no mundo e, em especial, no Brasil”, destaca o médico.
Cigarro eletrônico
Nos últimos anos, o uso crescente de dispositivos eletrônicos, como os cigarros eletrônicos, tornou-se uma nova preocupação de saúde pública. Os chamados vapes ou pods têm atraído adolescentes e jovens adultos com sabores adocicados, embalagens chamativas e a falsa percepção de que são menos tóxicos do que os cigarros convencionais.
“Eles são comercializados como ‘alternativas menos nocivas’, e muitas vezes contêm ainda mais nicotina do que os cigarros convencionais, além de substâncias tóxicas que comprometem diretamente a saúde dos pulmões. A ideia de que o cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar é, no mínimo, controversa. Na maioria das vezes, ele não elimina o hábito, apenas o substitui, mantendo o usuário dependente e vulnerável às mesmas consequências. Estudos recentes já identificaram, em usuários de vapes, sinais de doenças pulmonares graves”, alerta Tiago.
Fumantes ivos
O risco do cigarro não se limita a quem fuma. Fumantes ivos, pessoas que não fumam, mas convivem com a fumaça, também enfrentam sérias ameaças à saúde. A exposição ao fumo pode aumentar em até 30% o risco de desenvolver câncer de pulmão.
Além do câncer de pulmão, o tabagismo está associado a cerca de 50 outras doenças, incluindo enfermidades respiratórias e cardiovasculares, além de diversos tipos de câncer, como de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga, entre outros.
“Os benefícios para quem decide parar de fumar começam quase que imediatamente: em apenas 20 minutos, a pressão arterial já começa a se normalizar. Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue volta ao normal. Em poucas semanas, a função pulmonar melhora e a circulação sanguínea se fortalece. Parar de fumar é possível e vale a pena”, conclui o oncologista.
Buscar orientação médica, e psicológico e grupos de apoio pode ser decisivo no processo de abandono do tabagismo.
Da Assessoria
