Especialista esclarece as novas regras para cirurgia bariátrica 6l1g3q

Novas normas ampliam a aplicação da cirurgia bariátrica como tratamento de obesidade para adolescentes e pessoas com IMC mais baixo, além de reconhecer novos procedimentos e reforçar estrutura hospitalar 1f1b64
O Conselho Federal de Medicina (CFM) atualizou as regras da cirurgia bariátrica; as novas normas permitem que mais pessoas tenham o ao procedimento, incluindo adolescentes e pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) mais baixo do que o exigido anteriormente.
A cirurgia bariátrica é utilizada no tratamento da obesidade e de condições de saúde relacionadas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), foram realizadas 291 mil cirurgias no Brasil entre os anos de 2020 e 2024.
De acordo com o médico cirurgião bariátrico e coordenador do Instituto Metabólico e Bariátrico (Imbari), do Hospital São Mateus de Cuiabá, Fábio Yonamine, a mudança nas normas é um o importante no avanço do tratamento da obesidade.
“Com as novas diretrizes, pacientes com IMC entre 30 e 35 agora também podem ser elegíveis para a cirurgia bariátrica, desde que apresentem alguma comorbidade associada, com o reconhecimento de uma variedade mais ampla de doenças associadas ao ganho de peso. A resolução ainda trouxe outras mudanças importantes: anteriormente, o procedimento era a pessoas com diagnóstico de diabetes há menos de 10 anos e com idade entre 30 e 70 anos. Agora, essas limitações de tempo de doença e faixa etária foram retiradas, ampliando o o ao tratamento”.
O novo protocolo também ampliou a lista de comorbidades que possuem associação ao ganho ponderal e que, portanto, são elegíveis ao o à cirurgia bariátrica. Entre elas estão: diabetes tipo 2, doenças cardíacas graves, apneia do sono, doença renal crônica precoce, fígado gorduroso, refluxo gastroesofágico com indicação cirúrgica e doenças ortopédicas graves.
“As regras também mudaram para os adolescentes. Agora, pacientes a partir dos 14 anos de idade podem fazer a cirurgia, desde que enfrentem um quadro grave de obesidade, com IMC acima de 40, e problemas de saúde relacionados. Antes, a idade mínima era 16 anos. Outra novidade é que, entre 16 e 18 anos, os adolescentes poderão realizar o procedimento seguindo os mesmos critérios exigidos para adultos, como IMC e presença de comorbidades”, explica o especialista.
Novos modelos de cirurgia e exigências para hospitais
A nova norma do CFM reconhece novas técnicas cirúrgicas para o tratamento da obesidade, com indicação principal para procedimentos revisionais (cirurgias empregadas para o tratamento do reganho de peso pós cirurgia bariátrica). Entre elas estão o by gástrico com anastomose única, gastrectomia vertical com anastomose duodeno-ileal e gastrectomia vertical com bipartição do trânsito intestinal.
Os procedimentos devem ser realizados em unidades hospitalares de grande porte, que ofereçam estrutura adequada para cirurgias complexas, incluindo e de UTI e plantão médico contínuo.
“No Hospital São Mateus contamos com o Imbari, um instituto especializado de acompanhamento e tratamento clínico e cirúrgico da obesidade, doenças metabólicas e do aparelho digestivo. Nossa equipe multidisciplinar inclui cirurgiões, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras, cardiologistas, pneumologistas, ortopedistas e endocrinologistas”, explica Fábio.
O Imbari ocupa uma área de mais de 450 metros quadrados, que reúne recepção, sala de acolhimento, consultórios médicos e sala de bioimpedância – exame que avalia a composição corporal completa do paciente. Todos os procedimentos cirúrgicos são realizados no hospital, que conta com e de UTI para garantir a segurança dos pacientes.
Da Assessoria