Exposição sobre as obras de Dalva de Barros segue em cartaz no Sesc Arsenal 1b1j4z

A mostra permanece na Galeria de Artes até o dia 29 de junho fm6r
A mostra “Dalva de Barros: 90 anos – Lições além das telas” segue em cartaz no Sesc Arsenal. A exposição coloca em foco Dalva de Barros, artista plástica expoente das artes visuais em Cuiabá, mostrando obras de sua autoria e de artistas iniciados e orientados por Dalva. Com entrada gratuita, os horários de visitação são de terça-feira a sábado, das 14h às 21h30 e nos domingos das 15h às 20h30, na Galeria de Artes da unidade. Estão expostas obras de Adir Sodré, Adão Domiciano, Gervane de Paula, Benedito Nunes, Carlos Lopes, Nilson Pimenta e Osvaldina dos Santos, dentre outros. A exposição é uma parceria do Sesc-MT com a família de Dalva de Barros, Galeria Arto e o colecionador Murillo Espínola.
Sobre Dalva de Barros Nascida em outubro de 1935, Dalva de Barros começou sua trajetória artística na década de 60. Ela é uma das referências mais citadas e observadas quando o assunto é cultura. Suas obras refletem o cotidiano e os acontecimentos presenciados por Dalva, desde os mais sutis, como uma cabeça de boi, até os mais populares, como por exemplo a conquista da Copa do Mundo de Futebol de 1994.
Ela aprendeu a pintar por meio de um curso de correspondência. Em seguida, em São Paulo, frequentou o curso livre de pintura na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Depois, Dalva participou da Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro e voltou para Mato Grosso quando o pai faleceu, indo morar na fazenda. “Voltei para o lugar onde eu já pintava antes de estudar pintura, e continuei pintando lá. Fiquei um ano na fazenda antes de ir morar em Cuiabá. Tinha umas paisagens bonitas que eu aproveitei e ei para a tela. Tinha um quadro que eu fiz, de uma boiada que estava chegando, no tempo de chuva, e os boiadeiros com aquelas capas. Ficou bonito esse quadro. Eu não tinha muito material nessa época, daí pintei em cartolina, mas ficou bom. Tinha também uns tipos de pessoas bem interessantes, um rapaz chamado Estevão e a Avelina. Eles lá, foguinho baixinho, assando maxixe. Ficou bonito esse quadro também. Eu pintava os acontecimentos”, explica a artista.
Em Cuiabá, Dalva supervisionou o Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, entre os anos de 1976 e 1980, e o Ateliê Livre da Universidade Federal de Mato Grosso, em 1982. “Na Fundação era muito bom, as pessoas se reuniam lá, trocavam ideias, era um convívio bacana. Aprendi muito lá. Muita gente participou lá e continuou pintando, vários que, depois, conseguiram seu espaço. Todos eles fizeram coisas de Mato Grosso e universal, não só daqui. O Gervane e o Adir pintavam muita coisa que não era só daqui, não era só o regional”, lembra Dalva.
POR ANA LUIZA QUEIROZ ZAMBONATTO


